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Estrofe Poética

Um espaço para partilhar o que escrevo, nomeadamente poesia, ou pensamentos sobre determinados assuntos.

31 de Janeiro, 2021

Infância

Cristóvão Nogueira

"Em pequeno sonhava ser bombeiro.
Sonhava em ir a Paris.
Sonhava com o impossível.
Com o que me faria feliz.

Sonhava em ser professor.
Sonhava com princesas e heróis.
Sonhava em viajar pelo mundo.
Sonhava com campos de girassóis.

Sonhava em ser livre.
Não estar preso a nada.
Correr por todo o lado.
Numa grande jornada.

Descobrir o que havia para descobrir.
Explorar o que estava inexplorado.
Viver livremente como um pássaro.
Poder viver sem estar acorrentado.

As memórias de infância,
tão bonitas que elas são.
Quando não havia preocupações
e o mundo estava na nossa mão."

Em pequeno/a o que sonhavas ser?
Quando era um rapazito queria sentir que o quer quer eu fosse quando crescesse tinha que ser algo "inteligente".
Até hoje não percebo o que ia na minha cabeça, mas sinto saudades daquela ingenuidade!
Quando cresci um bocado comecei a sentir que queria fazer algo que me fizesse feliz.
Via muitos adultos tristes com a vida deles. Então quando via alguém que gostava do que fazia sentia que era aquilo que queria para mim!

30 de Janeiro, 2021

Primórdios de um poeta

Cristóvão Nogueira

Venho partilhar o primeiro poema que escrevi mais a sério. E que eventualmente que me puxou para escrever poemas!
Conforme indiquei em "Um ser, homem ou bicho..." comecei a escrever com 17 anos (retifico a informação dada no primeiro post, que indiquei que foi com 18) com influência de um grande amigo meu.
O que não disse na altura foi que o meu primeiro poema teve como base uma matéria de filosofia, desafio deixado por esse amigo e que eu aceitei.
Na altura senti-me muito satisfeito por ter feito algo diferente e o desafio que foi escrever poesia agradou-me imenso, sendo que ainda hoje adoro o desafio que a poesia proporciona quando quero pegar numa ideia!

O sentido da vida

"Para uns é a religião,

para outros é um absurdo e
para estes a vida é em vão.
E já dizia o outro, com nada nascemos,
nada vivemos e nada morremos.

Se assim for, para que é que interessa a vida?!
É um poço sem fundo,
do qual a morte é a única saída.
Para quê estarmos aqui neste momento?!
Se a vida é apenas um contratempo?!

Uns acham que a vida tem um fim, um meio,
eu cá acho que a vida,
só serve para meio alheio,
porque se virmos bem,
quando morrermos ficamos sem ninguém.

Mas será a vida sentida?
Eu cá acho que não,
acho-a muito mal concebida,
porque as pessoas nascem e morrem
e ficam sem saber porque durante a vida sofrem.

Se assim for, para que é que interessa a vida?!
É um poço sem fundo,
do qual a morte é a única saída.
Para quê estarmos aqui neste momento?!
Se a vida é apenas um contratempo?!"

26 de Janeiro, 2021

Desafio | Meus Pais

Cristóvão Nogueira

Desafio da Abelha!

Recentemente descobri este blog que cria desafios para quem quiser participar e pensei que teria de experimentar.
Desta forma partilho este poema escrito por mim, em resposta ao mais recente desafio deixado pela Ana de Deus.


"Ventre da minha mãe.
Aqui me encontro fechado.
Sentindo o amor dos meus pais.
Aguardo para ver o que está do outro lado.
Ainda não vi o mundo
e toda a sua beleza.
Doce voz da minha mãe,
em toda a sua sutileza,
sussurra pela minha saúde
e pela minha felicidade.
Dádiva que sinto

cada vez que a ouço falar comigo.
Conto os dias para ver
a cara do meu porto de abrigo.
Ouço a voz de um homem.
Certamente será o meu pai.
Esta voz transmite segurança,
firmeza e confiança.
Terá cabelo curto ou comprido?
Será magrinho ou gorduchão?
Terá aquela barba que pica?
Ou daquela que faz comichão?
Irei amar o meu pai seja como for.
Tal como amarei a minha mãe.
Ainda não nasci e já sinto que
me amam como mais ninguém."

20 de Janeiro, 2021

Inverno

Cristóvão Nogueira

Inverno hem? Este Inverno trouxe com ele o frio e que frio! Eu pessoalmente só estou bem debaixo da manta, bem agasalhado, a beber uma bebida quente e a ver um bom filme!
Quais são as vossas atividades preferidas agora para o Inverno? Partilhem comigo o que gostam de fazer especialmente em dias frios como estes!
No início de Dezembro escrevi um poema sobre o Inverno, o qual passo a citar:

"O frio chegou não há como enganar.

Com ele veio o indesejado Inverno.
Começou a procura pelo quentinho da lareira,
tal como pelo abraço do amor eterno.

Inverno gélido e impiedoso.
Veio sem pedir desculpa ou licença.
Recorremos às mantas e ao chocolate quente
na esperança que nos aqueça.

Aproveitamos para ver a chuva pela janela.
Um filme na presença de uma ótima companhia.
Ambos agarrados num abraço,
que não permite que a alma fique vazia.

O Natal está à porta.

Os jantares em família são planeados.
Todos anseiam pelos bolos, doces
e pelo que serão presenteados.

Não nos podemos esquecer da neve,
e toda a diversão associada.

Muitos vão em viagem propositadamente.
Não há como negar que é procurada.


Para as crianças é sinónimo de diversão.
Para alguns adultos é sinal de dor de cabeça.

Ter de a limpar constantemente.
Por mais que não apeteça.

Há quem goste mais e menos do Inverno.
Não podemos gostar todos desta estação.

Há que tirar o máximo proveito dele,
porque nos dará novamente a sua bênção."

Dado que em Lisboa não neva, infelizmente... Não serei o único que não tem hipótese de aproveitar a neve, correto?!
Vamos pretender por segundos que o nosso caro amigo Covid não existe!
Admito que, todavia não sou o maior fã de Inverno! Odeio frio!!


Verão volta que estás perdoado!

18 de Janeiro, 2021

"O que posso eu fazer de diferente?"

Cristóvão Nogueira

Boas Caros Leitores,

Estamos confinados novamente! Mais um mês "em casa", se não for prolongado e ainda que não seja o caso para todos.
Aviso que não estou aqui para discutir medidas políticas.
Estou aqui para partilhar convosco um poema que faz muito sentido para mim (escrito por mim em 2014, há alguns anos), dada a situação atual.
Muito provavelmente não sou o único que terá perdido muito dada esta pandemia, também não serei dos que perdeu mais, contudo não podemos ignorar o facto que estar em casa confinado traz algum desconforto e uma sensação de clausura.
Com certeza, haverá aqueles que viram nisto a possibilidade de desenvolver novos skills! Eu tentei xadrez, ao fim de ler um número significativo de páginas de um livro sobre estratégias, admito que não progredi mais. Quem quiser comente que skills desenvolveram neste período!

Mas vamos ao que interessa:

"O que posso eu fazer de diferente
quando uma monotonia me assombra?
A vida perdeu a cor de outrora.
Tudo se tornou branco e cinzento.
Que vontade de fugir,
que vontade de ir embora.
O que posso eu fazer de diferente?
Ter certezas de algo, não as tenho.
Só os outros é que julgam tê-las.
Cegos por suas mentes,
por sua aparente "inteligência",
mas nada é certo.
Nem mesmo a nossa existência.
Mesmo assim continuo a questionar-me.
O que posso eu fazer de diferente?
Não consigo me sentir indiferente,
alheio a esta monotonia.
Faz-me prisioneiro de mim mesmo.
Gostava que voltassem os tempos
em que a vida era bela e havia alegria."

Estava a rever poemas antigos e identifiquei-me imenso com este.
Sinto a falta de muita coisa "perdida", devido a esta pandemia.
Sinto falta dos abraços, de cumprimentar as pessoas com um aperto de mãos, nunca pensei que iria sentir falta disto! Como dizem, só sentimos falta quando perdemos!
Como disse no meu post inicial (Um ser, homem ou bicho...) tenho aulas de dança, todavia devido a esta situação vou ficar sem aulas há semelhança do que aconteceu em Março/ Abril com o primeiro confinamento. Tenho sentido que tenho demasiado tempo e nada com que o ocupar.
Algo que veio contradizer a minha vida antes de o Covid ter chegado, em que não parava quieto praticamente. "Não consigo me sentir indiferente, alheio a esta monotonia.". Descreve bem o que tenho sentido.

O maior desejo que fica neste momento é: "Gostava que voltassem os tempos em que a vida era bela e havia alegria.". E a vocês?!

16 de Janeiro, 2021

Um ser, homem ou bicho...

Cristóvão Nogueira

Boas Caros Leitores,

 

Segue o primeiro post no meu blog, para vos dar a conhecer um pouco da minha pessoa e aquilo que tenciono vir a escrever!

 

Mas quem é o Cristóvão Nogueira?

O nome pelo qual irei escrever, Cristóvão Nogueira, é o meu pseudónimo. A probabilidade de um dia revelar o meu nome verdadeiro será praticamente nula.
Verdade seja dita, somos produtos da nossa interação com os outros, por isso, serei sempre aquilo que querem que eu seja. Por mais que nos definimos de determinada forma, os outros sempre terão uma palavra a dizer sobre nós e irá prevalecer sobre o que julgamos ser. Dessa forma, definam-me como entenderem, mas principalmente desfrutem daquilo que partilhar convosco.
Escrevo, porque me dá satisfação em fazê-lo... Não preciso de uma explicação genial para tudo o que faço. Sou uma pessoa simples que faz o que gosta. Adoro dançar! Faço aulas de dança de salão para competição, poderei escrever um dia sobre o assunto. Quem sabe?!
Gosto de poesia e de transmitir pensamentos. Comecei a escrever, ocasionalmente, com 18 anos, influência de um grande amigo. Descobri que me sentia bem a fazê-lo e pensei porque não partilhar?!

 

De onde é proveniente o título?

O título do blog, Estrofe Poética, devo admitir que não possui nenhum significado em especial! Eu escrevo poesia e, como tal, procurei algo relacionado. Surgiu após alguma pesquisa do que estava disponível e que considerei ser acertado. Nem mais, nem menos, do que isso. Destino? Sentido? Significado? Será que preciso disso? Sei que pareceu certo e para mim chegou.

 

Qual o meu objetivo?

Escrevo aquilo que me vai na alma, sendo que será um espaço para eu partilhar a minha poesia, e pensamentos sobre alguns assuntos que possam surgir ou me apeteça escrever.
Aceito sugestões de temas para poemas que gostassem de ver escritos, ou temas discutidos. Poderei não corresponder a todos, atenção! Se não sentir que o tema seja algo que faça sentido para mim. Porém estou predisposto a tentar!
Acima de tudo que as pessoas, que partilham o mesmo gosto que eu, possam desfrutar daquilo que escrevo (preferencialmente)! E claro partilhar ideias, opiniões... "O céu é o limite".